Consciência Negra

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CONSCIÊNCIA NEGRA







CONSCIÊNCIA NEGRA

" Ter consciência negra, significa compreender que somos diferentes, pois temos mais melanina na pele, cabelo pixaim, lábios carnudos e nariz achatado, mas que essas diferenças não significam inferioridade.
Ter consciência negra, ignifica que ser negro não significa defeito, significa apenas pertencer a uma raça que não é pior e nem melhor que outra, e sim, igual.
Ter consciência negra, significa compreender que somos discriminados duas vezes: uma, porque somos negros, outra, porque somos pobres, e, quando mulheres, ainda mais uma vez, por sermos mulheres negras, sujeitas a todas as humilhações da sociedade.
Ter consciência negra, significa compreender que não se trata de passar da posição de explorados a exploradores e sim lutar, junto com os demais oprimidos, para fundar uma sociedade sem explorados nem exploradores. Uma sociedade onde todos tenhamos, na prática, iguais direitos e iguais deveres.
Ter consciência negra, significa sobretudo, sentir a emoção indescritível, que vem do choque, em nosso peito, da tristeza de tanto sofrer, com o desejo férreo de alcançar a igualdade, para que se faça justiça ao nosso Povo, à nossa Raça.
Ter consciência negra, significa compreender que para ter consciência negra não basta ser negro e até se achar bonito, e sim que, além disso, sinta necessidade de lutar contra as discriminações raciais, sociais e sexuais, onde quer que se manifestem. " (Raimunda Nilma de Melo Bentes, Cedenpa )

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dias 27 e 28 MÚSICA: VANESSA DA MATA

A cantora e compositora mato-grossense apresenta na Sala Principal seu novo show: “Bicicletas, bolos e outras alegrias”, homônimo do trabalho mais recente.
Horário: 21h
Ingressos: R$ 120 (das filas A a W), R$ 100 (das filas X a Z6) e e R$ 40 (das filas Z7 a Z11)
INGRESSOS À VENDA A PARTIR DE 8/11

Governo da Bahia lança livros e vídeodocumentários de bens imateriais

Serão lançados nesta quarta (10) e quinta-feira (11), respectivamente, nas cidades de Cachoeira e Maragojipe, ambas localizadas na região do Recôncavo da Bahia, os livros com DVD “Festa da Boa Morte” e “Carnaval de Maragojipe”. Os quatros produtos integram a série de publicações do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC) em parceria com a Fundação Pedro Calmon (FPC), unidades da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA). Os lançamentos contam com colaboração da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e prefeituras municipais de Cachoeira e Maragojipe.
A iniciativa propicia registro da memória e reflexões sobre bens culturais intangíveis da Bahia, garantindo a salvaguarda dessas manifestações que são patrimônios culturais do povo baiano. Os dois livros e os dois vídeodocumentários integrarão atividades nas redes públicas de ensino municipais e estaduais na Bahia e de alguns estados do Brasil, assim como, de faculdades, universidades e entidades artístico-culturais, entre outras instituições.

IALORIXÁ AGREDIDA POR POLICIAIS

É na terceira pessoa que a ialorixá Bernadete Souza Ferreira dos Santos, 42 anos, relata uma sessão de tortura que ela própria sofreu de policiais militares. “Pegaram Oxóssi, puxaram os cabelos, jogaram ele em cima de um formigueiro, pisaram no pescoço e disseram: ‘só assim para o demônio sair’”, denuncia, garantindo estar incorporada no momento das agressões.
Mãe de santo e coordenadora de educação do assentamento Dom Helder Câmara, em Ilhéus, Sul do estado, Bernardete diz que foi algemada e torturada após questionar a presença dos policiais militares numa área que pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de responsabilidade da Polícia Federal (PF).
“Pegaram Oxóssi, puxaram os cabelos e jogaram num formigueiro”, contou Bernadete
O fato ocorreu no último dia 23 e pelo menos uma dezena de assentados presenciou tudo. Somente através deles Bernadete diz ter tomado conhecimento do que sofreu. Isso porque, depois de algemada e puxada pelos cabelos, a ialorixá diz ter sido “tomada” por Oxóssi, seu guia espiritual.
Em seguida, jogada sobre as formigas, Mãe Bernadete ficou com marcas de mordidas nas duas pernas.
Ao CORREIO, Bernadete contou que o assentamento, localizado no distrito de Banco do Pedro, vivia um dia tranquilo quando, por volta das 14h30, ela e o marido, o agricultor e professor de filosofia Moacir Pinho de Jesus, assistiam televisão quando perceberam a presença de oito PMs, que adentraram o assentamento, fortemente armados, com um jovem algemado.
O casal perguntou sobre os motivos da presença da PM na comunidade, mas não obtiveram resposta. “Disseram que estavam numa investigação e que não poderiam dar explicações. A gente colocou para eles que o assentamento estava sob jurisdição do Incra e que, para entrar ali, tinha que ter ordem judicial”.